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Abdullah b. Abbás |
deixou este mundo, Ibn Abbás voltou sua atenção para os Companheiros, procurando por cada fragmento de conhecimento que pudesse encontrar. Ele descreveu seus próprios esforços, como se segue: “Se eu ouvisse dizer que um dos companheiros do Mensageiro de Allah (S) sabia de um hadice, eu ia a sua casa mesmo ao meio-dia, hora da sesta. Não batia à porta, muito embora soubesse que seria convidado a entrar se escolhesse fazê-lo. Dobrava meu manto num montículo, e me sentava à porta da frente. Pegava no sono, no calor, e o vento leve me cobria de areia. O motivo por que eu me humilhava, daquele jeito, era para que a pessoa soubesse o quanto eu o respeitava, por seu conhecimento, e fosse induzido a compatilhá-lo comigo. Quando ele saía para fora e me via daquele jeito, dizia: “Ó primo do Mensageiro de Allah (S), o que te trouxe até aqui? Se me tivesses chamado, eu teria ido até ti!’ “Eu respondia: “Tu mais mereces que eu vá até ti. A escolaridade é que deve ser procurada, e não precisa procurar por estudantes.’ Então eu lhe perguntava acerca do hadice.” Assim como o Ibn Abbas se humilhava na busca do conhecimento, também fazia honra aos eruditos. Uma ocasião Zaid b. Sábit queria ir a algum lugar em seu cavalo. Zaid havia sido o escriba ao qual o abençoado Profeta (S) ditara as palavras do Alcorão. Era também o professor liderante de Madina, e o mais conhecedor das questões de heranças e de legados. Abdullah estava de pé em frente a ele, humilde como um servo, segurando a sela e as rédeas do cavalo de Zaid, para que este pudesse montar. Zaid lhe disse: “Deixa esse trabalho para outrem, ó primo do Profeta! (S)” “Esta é a maneira que se supõe tratemos os nossos eruditos”, respondeu Abdullah b. Abbás. “Dá-me tua mão!” pediu Zaid; e quando o Ibn Abbás a estendeu, Zaid a pegou, curvou-se e a beijou, dizendo: “E este é o modo que se supõe tratemos os familiares do nosso Profeta.” Ibn Abbás persistia na sua busca do conhecimento, até que atingiu um nível que chegava a surpreender os eruditos mais velhos. O mestre Masruk b. al Ajda descrevia-o deste modo: “Quando eu olhava para ele, diria que era o homem mais formoso que já vira. Quando ele falava, diria que era o homem mais eloqüente que já ouvira; e quando discorria sobre algo, diria que era o homem mais erudito.” Quando Ibn Abbás alcançou o nível de aprendizado a que aspirava, pôs-se a compartilhar dos seus conhecimentos com outros, e tornou-se professor. Sua casa transformou-se no primeiro colégio para os muçulmanos. A única diferança entre os modernos colégios e o de Ibn Abbás é que os colégios de hoje em dia têm dúzias de professores, ao passo que o dele tinha um só professor – ele mesmo. Um dos pupilos de Ibn Abbás dizia que as maravilhas da escolaridade de Ibn Abbás eram suficientes para que toda a tribo dos coraixitas se ufanasse, e que havia histórias suficientes para que todos os membros da tribo tivessem algo novo para dizer. Num dia – de acordo com esse mesmo estudante –, as alamedas que davam para a casa de Ibn Abbas estavam tão cheias de pessoas que esperavam para lhe fazerem perguntas, que ninguém podia passar. O estudante foi até onde estava o Ibn Abbás, e lhe contou acerca da multidão que esperava por ele. Então o mestre pediu ao rapaz que lhe levasse água; e, após fazer sua ablução, disse ao estudante: “Dize a todos aqueles que têm perguntas a fazer sobre o Alcorão, e querem saber como o ler, que entrem.” O estudante fez como lhe havia sido dito, e as pessoas adentraram a casa. Encheram a sala de Ibn Abbás e o quintal adjacente. Ele respondeu a todas as perguntas, e lhes proporcionou conhecimentos adicionais; então disse: “Agora, dai lugar a vossos irmãos”, e todos partiram. Então Ibn Abbas pediu ao seu pupilo que levasse para dentro todos aqueles que tivessem perguntas a fazer sobre o significado do Alcorão Sagrado. Quando entraram, encheram também a sala e o quintal. Uma vez mais o Ibn Abbas respondeu a todas as perguntas deles, e lhes proporcionou conhecimentos adicionais. Essa mesma cena foi repetida por aqueles que buscavam conhecimento sobre fiquih, herança, língua árabe e filologia. A constante procura pelos conhecimentos e pela hospitalidade de Ibn Abbas finalmente fez com que ele passasse a ensinar separadamente as questões, em dias separados, os quais ele dividiu como se segue: fiquih, história islâmica, poesia, a história pré-islâmica dos árabes, e explicação do Alcorão. |
· Enviado por admin em 31/12/2009 19:20 · 3872 Leituras · |
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