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Judaísmo (parte 3 de 4)
Descrição: Por que os judeus caíram da graça e as semelhanças entre o Judaísmo e o Islã.
Por Aisha Stacey (© 2015 IslamReligion.com)
Publicado em 02 Nov 2015 - Última modificação em 02 Nov 2015
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Categoria: Artigos > Religião Comparada > Judaísmo

Judaism3.jpgNa parte 2 discutimos o papel dos judeus como o povo escolhido e concluímos que o Alcorão afirma que os judeus fracassaram na manutenção da aliança com Deus.  Do ponto de vista do Islã os judeus caíram da graça.  Na Torá (e na Bíblia) encontramos a seguinte passagem.

"Porque povo santo és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu, para que lhe fosses o seu povo especial, de todos os povos que há sobre a terra. O Senhor não tomou prazer em vós, nem vos escolheu, porque a vossa multidão era mais do que a de todos os outros povos, pois vós éreis menos em número do que todos os povos; Mas, porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais..." (Deuteronômio 7: 7-8)

Entretanto, no Alcorão, as palavras de Deus, revelada mais de 650 anos depois do nascimento de Jesus, filho de Maria, encontramos um conjunto de circunstâncias muito diferente.

"Os descrentes, dentre os israelitas, foram amaldiçoados pela boca de Davi e por Jesus, filho de Maria, por causa de sua rebeldia e profanação. Não se reprovavam mutuamente pelo ilícito que cometiam. E que detestável é o que cometiam!" (Alcorão 5: 78-79)

É natural se perguntar o que aconteceu ao longo da história do povo judeu para que tenham caído tanto da graça de Deus.  O Alcorão nos conta que o povo judeu não foi grato pelas bênçãos que Deus lhes concedeu e, ao contrário, transgrediram, mentiram e blasfemaram.  Apesar disso o Judaísmo e o Islã têm muito em comum.

O Cristianismo, o Judaísmo e o Islã são chamados de as três crenças monoteístas.  Todas professam uma crença em Um Deus. Entretanto, é inegável que as crenças do Cristianismo são de algum modo diferentes das outras duas.  Os judeus, assim como os muçulmanos, são monoteístas estritos.  Sua crença em Deus é às vezes chamada de monoteísmo puro.  Judeus e muçulmanos veem Deus como uma entidade única e indivisível.  Isso contrasta com a maioria dos cristãos que veem Deus como uma Trindade, uma entidade única com três personalidades distintas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

"Dize: "Ele é Allah, o Único"." (Alcorão 112:1)

"Ouça, Ó Israel; O Senhor nosso Deus é o único Senhor." (Deuteronômio 6:4)

Vamos examinar algumas das semelhanças entre o Judaísmo e o Islã em mais detalhes.

· A crença judaica não aceita o conceito cristão de pecado original (a crença de que todas as pessoas herdaram o pecado de Adão e Eva quando desobedeceram as instruções de Deus no Jardim do Éden).  O Islã também nega o conceito cristão do pecado original e a noção de que a humanidade nasce em pecado.  No Islã cada pessoa é responsável por seus próprios atos.  Esses atos, pecaminosos ou não, não podem ser herdados.

"Nenhuma alma arca com o pecado de outra." (Alcorão 35:18)

· Os judeus não reconhecem a necessidade de um salvador como intermediário ou parceiro com Deus.  O Islã afirma claramente que não é necessário que Deus, ou mesmo um profeta de Deus, se sacrifique pelos pecados da humanidade para comprar o perdão.   O Islã recusa totalmente essa visão. A base do Islã reside em saber com certeza que nada deve ser adorado, exceto Deus.

Isso também é verdadeiro para o Judaísmo. Entretanto, as semelhanças em relação à expiação terminam aqui, porque o Judaísmo rejeita Jesus totalmente como profeta de Deus e não aceita sua posição como Messias[1] para o povo judeu.  O Islã ensina que Jesus não veio para expiar os pecados da humanidade.  Jesus veio para denunciar os líderes dos filhos de Israel, que tinham caído na vida de materialismo e luxo. Sua missão era confirmar a Torá, tornar lícitas coisas que antes eram ilícitas e proclamar e reafirmar a crença em um Criador.

"Ninguém tem o direito a ser adorado exceto Deus, o Único e Verdadeiro Deus..." (Alcorão 3:62)

· A prática comum mais óbvia é a declaração da unicidade absoluta de Deus que os muçulmanos observam em suas cinco orações diárias (salah) e os judeus declaram pelo menos duas vezes ao dia (de manhã e à noite) em sua afirmação da unicidade de Deus conhecida como Shema Yisrael.

· Compartilham a crença de que Jerusalém é um local sagrado, particularmente o Domo da Rocha conhecido pelos judeus como Monte do Templo.  Ambas as religiões acreditam que foi ali que Abraão colocou seu filho para sacrificá-lo - seu primeiro filho Ismael no Islã e seu segundo filho Isaque nas tradições do Judaísmo.  Ismael é considerado pelas duas religiões como o pai da nação árabe e Isaque o pai dos judeus.

· Ambos, Judaísmo e Islã, compartilham muitos conceitos fundamentais, incluindo o julgamento divino e uma vida após a morte.

· O Islã e o Judaísmo têm sistemas de lei religiosa que não distinguem entre vida religiosa e secular.  No Islã as leis são chamadas Sharia e no Judaísmo são conhecidas como Halakha.

· Ambos, Judaísmo e Islã, consideram o estudo da lei religiosa uma forma de adoração.

As duas fés também compartilham as práticas fundamentais de jejum e caridade, assim como leis dietéticas e aspectos de pureza ritual.  Com tais similaridades óbvias pode-se perguntar por que os judeus e muçulmanos parecem ser inimigos.  Além disso, se o Islã é uma progressão natural de Adão e Eva por meio de uma longa linha de profetas até o profeta Muhammad e a revelação do Alcorão, por que mais judeus não abraçam a fé islâmica?  Na parte 4 tentaremos abordar essas questões e concluir nosso estudo e discussão do Judaísmo.



Notas de rodapé:

[1] (hebraico - O Ungido) - na tradição judaica uma pessoa da linha do rei Davi que retornará os judeus do exílio, reconstruirá o templo em Jerusalém e iniciará um período de prosperidade e paz.

http://www.islamreligion.com/pt/articles/5125/judaismo-parte-3-de-4/

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